No verão do ano de 1956, alguns pesquisadores foram convidados a participar de um encontro na Faculdade de Dartmouth, nos Estados Unidos. Esse encontro, liderado pelos pesquisadores John McCarthy, Marvin Minsky, Nathaniel Rochester e Claude Shannon, teve o objetivo de motivar pesquisadores a estudar a ideia de que
“características do aprendizado e da inteligência poderiam ser explicados e descritos de uma maneira que possibilitaria a construção de programas de computador capazes de simulá-los”
ou seja, seria possível construir programas de computadores que resolveriam problemas de maneira parecida com a estratégia de resolução de problemas usadas por humanos. Os pesquisadores chamaram esse projeto de pesquisa de “Inteligência Artificial” e foi assim que nasceu esse termo, tão famoso hoje em dia.
Desde então, muitas pessoas, nas universidades e institutos de pesquisa do mundo todo, passaram a estudar maneiras de construir esses programas. O interessante é que a pesquisa foi além das tentativas de explicar e descrever o aprendizado e a inteligência humana e passou também a buscar formas de explicar e descrever os comportamentos existentes na natureza. Afinal, a natureza se organiza em estratégias muito eficientes para superar os desafios impostos pelo ambiente.
Já há muitas décadas, a “Inteligência Artificial” passou a ser organizada como uma disciplina (uma matéria) estudada nas faculdades de ciência da computação, sistemas de informação, engenharia e matemática. Para cursar essa matéria, é requisito saber PROGRAMAR, pois tudo que conhecemos como “inteligência artificial” são, na realidade, programas de computador construídos usando uma lógica de programação inspirada no raciocínio humano e nas comportamentos emergentes na natureza. A disciplina “Inteligência Artificial” é bastante abrangente e engloba muitos conceitos. São conceitos estudados e desenvolvidos por filósofos, psicólogos, matemáticos, cientistas da computação e estatísticos.
Hoje em dia, os programas desenvolvidos com essa lógica inspirada no raciocínio humano e na natureza estão muito avançados e, por isso, eles estão sendo usados em muitos setores da sociedade. Esse programas estão presentes em alguns eletrodomésticos, nos carros, nos processos de produção de remédios e até nas redes sociais. Então, com certeza, a inteligência artificial está próxima de nós, já que nós usamos todos esses produtos. Portanto,
é importante que nós saibamos alguma coisa sobre como a inteligência artificial funciona.
Nós não precisamos, necessariamente, saber construir programas que usem inteligência artificial, mas se entendermos um pouco mais sobre o que esses programas fazem, ou se compreendermos um pouco da lógica usada nesses programas, com certeza estaremos mais habilitados a lidar com um mundo cada vez mais recheado de programas ditos “inteligentes”. Como disse uma amiga …
… eu não preciso saber construir um carro para ser capaz de dirigi-lo. Mas eu preciso saber como ele funciona, ou não serei capaz de controlá-lo.
Aprender a programar com a equipe do projeto PeRSpectIvAs é um convite a conhecer um pouco também sobre conceitos da
Inteligência Artificial.